Wagyu, o diamante negro das carnes bovinas
Para publicar a postagem sobre o bife de Kobe queria complementar com um pouco da história do gado Wagyu a partir deste livro. Porém, na hora em que fui consultá-lo, cadê? Procurei, fucei, revirei tudo quanto é canto aqui no apartamento e nada de encontrar o bendito!
Ontem, enquanto procurava outro livro de receitas, eis que o lindo e belo aparece! rsss
Como parece que o assunto despertou curiosidade e interesse na maioria dos visitantes, resolvi extender um pouco mais o tema e corrigir algumas coisas que escrevi no post anterior.
"A raça Wagyu foi provavelmente levada ao Japão como animal de carga, proveniente da Manchúria e da Península Coreana. Isso aconteceu no século II d.C., época em que o cultivo de arroz foi introduzida no Japão. Durante pelo menos mil anos, o Wagyu trabalhou nos campos de arroz, antes de ter passado a ser consumido como alimento. A maioria do gado Wagyu é criada de modo caseiro, em pequenas fazendas familiares em todo o Japão, embora ainda existam grandes criadores, muitos fazendeiros transportam seu gado até a região ao redor de Kobe, para concluir a engorda e processar a carne, porque a carne com o nome de Kobe ainda consegue um preço mais alto. O gado Wagyu não pasta livremente: usa-se massagens para relaxar seus músculos, e não para dispersar a gordura; ocasionalmente é alimentado com cerveja para manter uma população saudável de micróbios em seu rume, e não para adicionar sabor a sua carne ou mantê-lo relaxado. O gosto próprio e a textura marmórea do Wagyu são em parte genéticos e em parte resultado da alimentação; sua gordura contém uma alta proporção de ácido oléico, monossaturado (também encontrado no azeite de oliva), que responde pelo gosto amanteigado e pelo colesterol moderado."
Trecho retirado do livro "O homem que comeu de tudo", Jeffrey Steingarten, página 267.
7 Comments:
Se não fosse o destino final, eu não ligaria em ter o tratamento desses bois...
Minha querida
E ainda há quem tente rebaixar os blogs de gastronomia!
Beijos
Nela
Muito interessante Akemi, quando li seu post sobre a carne de Kobe fiquei imaginando a carinha dos bovinos... acho que não tem nada similar aqui no Brasil neh? Baby beef?
Olá amiga!
Bom Dia!
Que lindas fotos e lindo texto!
Sabe aquele ponto de crochet da bolsa verde? O Ponto Mistério da Sônia Maria?
Agora ele já não é mais segredo. Passe no meu blog e veja os vídeos.
Abraços com carinho,
Sônia Maria
Pois é, vivemos uma realidade tão diferente aqui no Brasil, com o gado verde, alimentando-se de pastagens... e outro dia tive que discordar de um palestrante que veio do Japão dizendo que a quantidade de cereais que o gado ingere daria para alimentar o mundo... que sandice...Agora, estes Wagyu têm que custar o que custam, mais , não menos do que ouro, não é?
Marcia, o legítimo bife de Kobe é muuuito caro, sim! Para se ter idéia, o valor que pagamos para comer míseros 90g daria para comprar 5 ou 6 kg de carne australiana!
Tive a oportunidade de deliciar esta iguaria na cidade de Kyoto, pode ser caro porem o sabor compensa.
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