sexta-feira, agosto 25, 2006

Ponte J K

Amo Brasilia. Foi aonde vivi toda a minha adolescência. Brasilia é verde, tem um horizonte maravihoso..por-de-sol famoso por sua beleza única. Vi a ponte JK no ano passado pela primeira vez. Ele é linda. Parece o Loch Ness do Paranoá. Quando o avião sobrevoa Brasília penso comigo mesma: Í'm coming home'. E sempre , without fail, fico com os olhos cheios de lágrimas. Quando vivemos 'abroad', passamos a pertencer a um mundo outro.Voce nao pertence ao país aonde vive e nem mais, de uma certa forma, ao seu país natal.Se perde conexões das mais inusitadas. Até hoje, depois de 16 anos, chamo BSB de 'home'. E não é que queira voltar a viver em BSB. Mas é home por ser o meu núcleo, o lugar em que me recarrego, em que estÃo as minhas raízes.
TE AMO BRASILIA!!!!

quinta-feira, agosto 24, 2006

Pelas redondezas

Os ipês têm florescido cedo este ano, ouvi dizer que é por causa do clima. Tem feito muito calor e não chove há dias por aqui, os carros passam pela estrada levantando poeira. Queria colocar mais fotos dos ipês amarelos, mas o mais bonito que vi até agora foi este, pena que só pude tirar a foto da estrada.
É época de amoras também, esta amoreira cresce na frente de uma das casas da vizinhança, ela está carregada, mas as frutas estavam tão pequenas que não me animei a apanhá-las.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Pela Bandeirantes

Gente, estou com uma gripe terrível! Hoje de manhã quase não conseguia olhar para a tela do micro porque meus olhos doíam, ontem, achei que acabaria com meu nariz de tão vermelho que ele estava de tanto assoá-lo. Como sou meio hipocondríaca, se tivesse febre acho que teria corrido para o médico para ver se não estava com dengue, a doença é meio comum aqui na região. Acho que estou melhorando, só resta o mal estar e a vontade de ficar deitada, sem fazer nada.
Desgraças à parte, fui até a casa de minha mãe no domingo para entregar o presente de casamento do meu irmão e tirei algumas fotos durante o trajeto pela Bandeirantes (entre Campinas e Jundiaí). Para quem não sabe, a Bandeirantes é uma rodovia que começa na cidade de São Paulo e vai até, bem, não sei até onde ela vai mais, porque ela foi ampliada, mas acho que até Riberão Preto ou Sorocaba.


Este é o Shopping Serra Azul, ele fica suspenso sobre a rodovia, dentro, há algumas lojinhas que vendem bugigangas e algumas lanchonetes (McDonald's, para variar). Não dá para ver, mas do lado direito construiram um grande hotel, pois do lado esquerdo há um parque aquático do Wet'n Wild e um grande parque de diversões chamado Hopi Hari. Sempre que passo por ali está tudo tão vazio que às vezes acho que os parques só devem dar prejuízo.

Nota: se as fotos estiverem meio manchadas, não liguem, tirei de dentro do carro em movimento e as janelas não estavam exatamente limpas.

Montanha russa do Hopi Hari

Chegando perto de Jundiaí, você vê a Serra do Japi. Há trilhas que sobem até um mirante lá no alto, fui até lá uma vez, com uma excursão da escola, não sei se é aberto ao público, mas o local é super agradável, com minas de água e pequenos riachos.

Deveria haver vários prédios nesta foto, mas já estava meio escuro e a câmera não conseguiu captar as imagens. Mesmo assim, gostei do efeito.

sábado, agosto 05, 2006

Um sábado de verão

Sabadão é dia de trabalho para mim, mas hoje pedi uma folga na empresa para fazer meu exame anual de prevenção contra câncer de mama. É... depois que passamos dos 30, o número de exames que temos que fazer anualmente vai aumentando cada vez mais, mas, felizmente podemos contar com avanços cada vez maiores na medicina e doenças tabu como o câncer podem ser até curadas desde que se façam os exames rotineiros.

Já vi muitas pessoas não fazerem exames preventivos por medo de encontrar alguma doença. Você pode até fugir por um tempo, mas a doença mais cedo ou mais tarde acaba te encontrando, como dizia uma assistente social do curso de culinária do SESI que frequentei. Por isso, meninas, façam seus exames periódicos!
Bem, graças a Deus, estou 100%, não acusou nenhum problema nos exames! Agora só ano que vem, mas todos os meses, o auto-exame! OK, tem mês que esqueço, costumo fazer uma semana após o "chico" vir me visitar, mas tem mês que o dito não aparece...sempre tive desses problemas de atraso. Mas com as cólicas que tenho, até acho bom! :D

Após o exame, que foi feito numa clínica na cidade de Hamamatsu, resolvemos dar um pulo no centro. A fome bateu e fomos comer numa lanchonete que descobrimos faz pouco tempo no Act City, o maior prédio da cidade que foi inaugurado com grande estardalhaço, dizendo que seria o novo conceito de prédio comercial da região, com lojas, escritórios, teatros, restaurantes, simpósios, hotel...enfim, tudo num lugar só. A verdade é que depois de quase 12 anos de inaugurado, o prédio anda às moscas. Uma pena. O lugar é enorme, muitos corredores, praças, mas talvez por isso mesmo, seu tamanho tenha espantado as pessoas. Entre uma ala e outra, precisamos andar bastante. Para quem quer passar o dia, acho ótimo, mas para quem quer ver movimento, definitivamente está no lugar errado.
Aliás, o centro todo de Hamamatsu está num grande foco de discussão, pois muitas pessoas estão deixando de ir até lá. As grandes redes de shoppings estão se instalando em locais mais afastados e as pessoas têm preferido ir a estes lugares ao invés do centro. As lojas de departamento estão sofrendo com a falta de clientes, assim como os pequenos comerciantes. Lembro que logo que chegamos ao Japão, ainda deslumbradas com tudo e com os primeiros salários que ganhamos, chegamos a ir todos os finais de semana lá para as compras e não raro voltávamos com montes de sacolas para casa! Foi uma fase consumista terrivel, mas lembro com nostalgia desses passeios a Hamamatsu. Tudo era novidade.




Esta foi uma das novidades ao chegar no Japão. Estas faixas amarelas que vocês vêem na calçada são linhas-guia para portadores de deficiência visual(tempos de politicamente correto!). No farol também toca um apito quando está vermelho e outro quando está verde para que eles saibam quando podem atravessar a rua.
Em quase todos os lugares você encontra facilidades para os portadores de deficiência: calçadas rebaixadas e rampas, muitas cabines telefônicas são baixas para quem usa cadeira de rodas, assim como os botões de elevador. Também vemos muitos lugares com sistema Braille. Alguns ônibus também são adaptados para transportar pessoas que usam cadeiras de rodas, e ninguém precisa ajudar o portador de deficiência, pois a entrada do ônibus é como se fosse um pequeno elevador.
Nada a ver com os motoristas de ônibus da nossa terra que passam ignorando completamente os deficientes, assim como os idosos! Dava muita dó de ver cenas assim em São Paulo.

Voltando à lanchonete, vocês vão me desculpar mas esqueci o nome do lugar!!!!! rsss
Minha memória anda um horror, mas prometo que volto lá e arrumo isto aqui depois! ;)
Pedimos um cheeseburger muuuuito bom! Muito picles, uma fatia enoooorme de cebola (estava ótima mas o hálito depois.... :(), cheddar cheese com gosto de cheddar cheese e um hamburger muito saboroso. Para acompanhar, limonada para mim e chá red zinger para meu marido. Geladinho. Hummmm!





Tudo bom, barriga cheia e vamos para onde? Comidaaaaaaa!!!! Bem em frente à lanchonete, abriu, ou melhor reabriu a boulangerie do Hotel Okura que fica no Act City. E eu não resisto a estes pães, são divinos! Para completar alguns bolinhos, o de chocolate com mousse de maracujá estava bão demais, recomendo! Mas tudo para viagem, não sou tão gulosa assim!
Um giro rápido pelo mercado com produtos importados onde comprei semolina para fazer um bolo de laranja que estou de olho faz tempo no Trem Bom, mais chás e queijos, inclusive o feta que a Valentina e a Ana comentam com frequência.
Voltamos para nossa cidade pois tínhamos uma sessão de acupuntura às 4 da tarde. O trânsito estava infernal por conta do festival de fogos de artifício que aconteceu agora à noite aqui.


Este festival é um dos mais famosos desta região, são mais de 30 mil fogos! Já na estação, vimos muitas pessoas usando yukata, este kimono mais leve, para assistirem à queima de fogos. É uma das tradições daqui que acho muito bonito. Mesmo com tanta ocidentalização, pelo menos nesta época, vemos este vestuário tipicamente japonês.

Vêm pessoas de todas as regiões próximas daqui, inclusive de outras províncias. As pessoas se espremem nos arrozais, nos balcões das casas, qualquer lugar vazio. É uma loucura chegar até aqui e para ir embora também. Imagino que muita gente sequer conseguiu sair do local ainda, mesmo depois de 2 horas após o término do festival. Mas tudo faz parte do ritual de verão.


Fomos à pé para a acupunturista. Passamos por um caminho cheio de árvores onde muitas cigarras cantavam a pleno vapor. Uma delas até fez pipi em mim, que danadinha! Eis mais um ritual de verão, o canto, não o pipi, please! Depois de um longo período de chuvas, quando as cigarras começam a cantar é porque o verão "oficialmente" começou. Gosto do seu canto, tem um quê de hipnótico, relaxante. É gostoso ouvi-las pela janela do meu apartamento.

Alguém consegue descobrir quantas cigarras tem nesta árvore?


Resposta: duas, uma no tronco, bem no meio e a outra está no galho direito da parte de baixo.

Um bom verão para todos! ;)

PS: com a ajuda da Mamy, ela ajudou-me a refrescar o nome da lanchonete. Chama-se Freshness Burguer. A Mamy também deu uma passada lá e concorda que os lanches são muito bons! Para quem vier para estes lados, está aí uma dica!